Review+Recomendado: "Cloverfield" 8*/10


Finalmente chegou a Portugal o que se anunciava como um dos filmes mais mediáticos dos últimos meses. Após trailers, teasers e "quests" pela internet fora, "Cloverfield" seguia as pisadas do velhinho "Blair Witch Project" no que tocava à publicidade. Ontem, os meus olhos puderam finalmente ver o que acabou por ser uma excelente experiência de cinema de entretenimento...

Rob Hawkins vai para o Japão, foi promovido a vice-presidente de uma empresa. O dia antes de partir, o seu irmão e uns amigos decidem organizar uma festa surpresa e aproveitam para usar a camera de Rob para filmar tudo (o que também os leva a apagar uma cassete com videos de Rob e Beth, a sua eterna amiga que por instantes ficou colorida). A meio da festa, e após Rob discutir com Beth (que acaba por se ir embora), a cidade de Nova-Yorque treme. Todos pensam que se trata de um terramoto, mas após observarem explosões desde o telhado do prédio e terem um encontro imediato de terceiro grau com a cabeça da estátua da Liberdade, todos começam a temer o pior já que não sabem o que se abateu dobre a cidade...

25 milhões de Dollars, é o orçamento deste filme que tem tudo de um blockbuster... Para comparação, o X-Men 1 custou 75 e mais recentemente o "I am legend" cerca de 150 milhões. Eu pergunto, será que "Cloverfield" é um outsider, um filme que consegue cumprir com o calendário dos blockbusters e custar cerca de 1/4 do orçamento médio? Eu só digo que estou mais do que surpreendido com a qualidade do filme e com a sua imagem relativamente ao público. Realizado por Matt Reeves (que tem na sua filmografia uma dezena de episódios para séries assim como uma longa metragem), o filme é todo filmado camera à mão podendo provocar mau estar em ceros espectadores. Sendo assim, é complicado falar de uma boa planificação ou realização, o certo é que cumpre os seus objectivos e que somos surpreendidos regularmente com invasões de militares ou ainda com grandes momentos de destruição (a cena da ponte é um dos momentos altos). Relativamente ao cast, são quase todos desconhecidos ou com aparições em pequenos papeis. Essa não identificação dos actores permite uma maior identificação com as personagens, tornando o filme mais imersivo. A história é linear e de certo modo secundária. O que se procura é uma experiência de cinema algo diferente e com excelentes momentos de cinema. Sem dúvida alguma um óptimo momento de cinema para quem quer descontrair e ver algo de original e sobretudo bem feito.

Peço desculpa por não dizer realmente grande coisa, mas não quero andar por ai a estragar o filme.

Stay Tuned.

Review+Recomendado: "A History of Violence" 8*/10


Pessoas como eu que tinham na altura o famoso King Kard, ficaram decepcionadas com o facto dos cinemas de Alvalaxia não proporem o "History of Violence" as seus clientes (tal como não tivemos a oportunidade de ver o último filme do mesmo realizador "Eastern Promises" que estava noutras salas Lusomundo). Há dias, passei pela Fnac e vi que restavam umas cópias do "History..." a menos de 10€. Como tinha gostado moderamente do "Eastern..." (que paguei para ver no campo pequeno...Pfffff) e como alguns amigos me tinham dito que o "History..." era melhor, decidi arriscar e levar o filme. Ainda bem que assim o fiz...
A primeira coisa que se faz antes de ver um filme comprado em Portugal, não é ler a sinopse que vem na parte de trás do DVD. Eu não sei se os senhores da Prisvideo viram o filme, mas o Tom Stall NÂO TEM POR HABITO COMER NUM RESTAURANTE ONDE ACABA POR SALVAR OS CLIENTES mas sim É DONO DO RESTAURANTE ONDE SALVA OS CLIENTES. Ok, estou a ser mau, mas esta falta de profissionalismo relativamente aos DVD's irrita-me (bem, pelo menos neste a sinopse está compreensivel e não em Espanhol ou com erros de conteúdo que está descrito e que afinal não tem).

Tom Stall (Viggo Mortensen) vive com a mulher (Maria Bello) e os dois filhos numa pequena cidade rural dos E.U. Um dia, dois criminosos procurados pela policia decidem assaltar o seu estabelecimento, um pequeno diner. Tom tenta manter-se calmo, porque apesar de tudo ele é um cidadão respeitado e comum, mas quando os criminosos decidem passar para a violência, Tom reage acabando por eliminar os dois de uma forma profissional. Após isso, é visto como um herói por todos e a sua história acaba por fazer manchete em todos os meios de comunicação. Uns dias após o incidente, uns mafiosos fazem irrupção no seu diner porque acreditam que o Tom é afinal de contas o Joey Cusack, um assassino/mafioso de Filadélfia que outrora tentara matar o lider da mafia de local, Carl Fogarty (Ed Harris) mas sem o conseguir, deixando-o desfigurado e sobretudo sedente de vingança.

O filme começa logo com os dois criminosos a iniciarem a sua viagem que terminará no diner de Tom Stall, deixando atrás deles uns corpos eliminados de fresco. O filme não tem nada de montagem "moderna" repleta de fast-forward ou flashback, tudo tem o seu tempo e David Cronenberg vai instaurando a atmosfera de forma lenta mas cirúrgica. O setup mostra-nos o quotidiano da familia Stall, o filho mais velho é constantemente assediado na escola pelos "Bullys", a mulher é uma advogada e está perdidamente apaixonada pelo marido, Tom Stall, dono orgulhoso de um pequeno diner e homem sem problemas e perfeitamente inserido na comunidade. É a partir desta vida banal que a violência se instaura (primeiro na escola, depois no diner) mas sempre com poucos artificios. Aqui não há espaço para violência estilizada com slow motion e afins, quando se mata, mata-se friamente e de forma realista. Admito que estava a espera de ver baldes de sangue e sobretudo tiros constantes mas, felizmente para mim, tudo está muito contido e excelentemente executado. Claro, há tempo para ver uma ou outra cara desfeita, mas o importante não se centra nessa violência gráfica. A dualidade da personagem, o seu provavel passado, a sua vida ser ou não ser uma mentira... Tudo é tratado da melhor forma em 90 minutos. Lamento talvez o desfecho e o sub-aproveitamento da personagem de William Hurt (que ganhou uma nomeação para Óscar de melhor secundário por essa personagem...Não sei como, não creio que se justificasse, não por este estar mal mas sim pelo pouco tempo de antena e a pouca exploração da psicologia da própria personagem) e também o uso da música de Howard Shore que, sem ter reparado no genérico a sua presença, a meio do filme questionei a música que me fazia lembrar o senhor dos anéis (ainda por cima, com o Viggo Mortensen). Quando finalmente vi que era ele fiquei desiludido porque a música tem dificuldade em sustentar o filme, sendo demasiado...Bem, demasiado senhor dos anéis. De resto, a realização está muito boa. Sóbria e inteligente, é um dos pontos altos do filme e o que também ajuda a sustentar uns actores por vezes demasiados "Keannu Reeves" ou seja, inexpressivos e vazios. Cronenberg aproveita o cenário da melhor forma e, como mencionado anteriormente, não faz uso de qualquer artificio para embelezar o quadro. A cena de sexo, por exemplo, é um elemento de destaque já que é construída de forma cuidada sem nunca cair na simples exibição e fazendo todo o sentido para a história.

Conclusão, "A history of violence" é um bom filme. São 90 minutos de bom cinema, com uma história que, apesar de pouco inovador, é bem explorada e levanta questões sobre a violência no quotidiano e sobretudo nos E.U. E depois, pode levar-vos a ler a B.D da qual o filme foi adaptado. Eu pelo menos fiquei curioso. Para além disso, a edição em dvd é de qualidade, com extras muito interessante, nomeadamente a desconstrução das cenas pelo realizador com imagens de rodagem e comentários e tudo legendado em Português.

Stay Tuned.

Review+Recomendado: "Atonement" 7,5*/10


Não vi o "Pride and Prejudice" (2005) de mesmo realizador (Joe Wright) e com a mesma actriz (Keira Knightley), mas se o filme tem se assemelha a este, estou mais do que disposto a vê-lo. Geralmente, no que toca a estes filmes, sou muito picuinhas... Nunca fui grande amante de filmes de época, apesar deste se situar nos anos 40, e tão pouco sou um grande apreciador de filmes "So British" (enfim, muito literários...). Este, para além do apelo óbvio da bela Keira, ainda tinha o James McAvoy, actor Escocês que pude ver na série "Shameless" ou ainda "State of Play" e que, digamos desde já, é um actor a ter em consideração.

Nos anos 40, Cecilia Tallis (Keira Knightley é uma bela aristocrata inglesa que vive numa mansão juntamente com a irmã mais nova,Briony, a mãe e uns amigos da familia. Robbie Turner (James McAvoy) é o filho da governante que desde sempre vive com eles e que é também o jardineiro. Ela, não lhe ligava nenhuma até ambos estudarem na mesma faculdade (Robbie consegui uma bolsa e o apoio do pai de Cecilia para estudar medicina). Entre eles, existe uma tensão erótica palpável, mas a sua relação não passa de não ditos e de situações embaraçosas. Infelizmente, Briony é uma criança cheia de imaginação que escreve e que está "apaixonada" por Robbie. Um dia, vê o que lhe parece ser uma cena de sedução por parte de Robbie à irmã. Nesse mesmo dia, Robbie escreve uma carta a Cecilia que entrega a Briony para esta servir de carteiro. Infelizmente, Robbie tinha escrito várias versões da carta, das quais uma bastante erótica, que é a é a colocada no envelope. Quando se apercebe, é tarde de mais e Briony lê a carta antes de a entregar a Cecilia. Quando o irmão mais velho de ambas regressa a casa com um amigo e que, nessa noite, uma das amigas (menores) da familia é violada, Briony não hesita e acusa Robbie de ser o culpado. Infelizmente para ele, isto tinha sido a noite em que Cecilia lhe revelara que o amava...

Visto assim, é um drama. Uma história de amor impossivel entre um jardineiro e uma aristocrata. No fundo é isso, mas "Expiação" (titulo em PT) tem na manga uns interpretes ímpares. Keira Knightley está belissima na pele de Cecilia. Sem grandes artimanhas, ela ilumina o ecrã e sabe ser "British" mas ao mesmo tempo profundamente frágil e apaixonada. James McAvoy é sem dúvida um nome a reter, a sua personagem é engraçada, triste, apaixonada, ferida... O actor representa cada fase com sobriedade e talento. Relativamente a história, é óbvio que existem certos elementos que são destacados para puxar as lágrimas da audiência (hei, isto é um drama, ok! ) mas na globalidade o realizador mantém as coisas contidas o suficiente para não gritarmos ao escândalo. A realização também está de parabéns, o filme é bonito e bem filmado (nota máxima para um plano sequência de perto de 4min, fantástico) o que torna a narrativa clara e fluida. É claro que não evitamos certas coisas um pouco longas, mas a montagem dinâmica (uma das coisas que me surpreenderam, filme clássico mas montagem bastante moderna) permite manter-nos atentos e envolvidos. O filme não leva um 8/10 porque por vezes a emoção está ao rubro e algo falha (o que é uma pena) e porque existem 2 ou 3 aspectos que não me agradaram muito mas que não posso revelar devido aos "spoilers".

Conclusão, um filme para ver e sobretudo SEM INTERVALO (sim, no Alvaláxia, o intervalo entra à meio de uma cena bastante dramática e depois, foi um martírio voltar a evolver-me com o filme). Se puderem, veja-o acompanhado com a namorada porque elas gostam quando se fala de sentimentos e assim e depois também é sempre engraçado elas poderem chamar-nos "meninas" porque nos emocionamos ou assim. Sim, isto que acabo de dizer é um bom conselho sobretudo para aqueles que pensam que levar a namorada a ver o "Aliens Vs Predator 2" é altamente porque há monstros, sangue e coisas gelatinosas... Man, esquece isso... Eu cá para mim, não cá filmes de meninas ou assim, há somente um bom filme que merece uma olhadela atenta. Bem, há algum tempo que não via um filme acima da média...

Stay Tuned.

Inquérito 2: "Friends" Wins


Pois, é... 7 votos...Tantos... Enfim, "Friends" excelente sitcom Americana que durou 10 temporadas (1994-2004) ganhou por 3 votos contra 1-1-1 (O.C, Seinfeld, Six feet under). Para quem não viu esta série, é favor de se actualizar porque senão está sujeito a perder o que foi sem dúvida alguma uma das coisas mais cómicas e viciante e ao mesmo tempo emocionante e fofa que eu vi... Quando vi o último episódio...Chorei...
Sempre me resta os dvd's e a música "Smelly cat"


Stay Tuned

Review: "Balls of Fury" 3*/10


A comédia começou alguns minutos antes de entrar na sala de cinema nomeadamente por causa da grande tradução em Português do titúlo (ou seja, "Não me toques nas bolas"). A sonhora no balcão dos bilhetes dirigiu-se a mim e o dialogo foi mais ou menos assim:


Senhora: - O que deseja?

Eu: - (esticando os dois Kard 4 u) não me toques nas bolas, por favor...

Senhora: - É só ou deseja mais alguma coisa?

Eu: É só obrigado...


Pronto, este inicio é capaz de ter tido mais piada do que o filme (não se riu? humm...Então nem sequer veja o filme...)


Randy Daytona um Americano de 12 anos e é o grande favorito a medalha de ouro de ping-pong dos jogos Olimpicos de 1987. Infelizmente para ele, é muito sensivel ao stress e quando vê o seu pai junto da triade chinesa (com quem fez apostas) desorienta-se e perde o jogo assinando a morte do pai e ridicularizando-se aos olhos do mundo inteiro. 19 anos depois, Randy não passa de um palhaço que faz truques de ping-pong em Las Vegas. Um dia, um agente do FBI oferece-lhe uma missão: voltar a jogar ping-pong de forma a conseguir ser convidado para o derradeiro torneio organizado por Fang, o homem que assassinou o seu pai e que é procurado pela justiça.


Dito assim, o filme parece ter uma premissa um pouco desenvolvida de mais para uma suposta comédia Americana igual a tanas outras...Mas realmente não tem... A história da morte do pai (interpretado pelo T1000, Robert Patrick) para além de não servir para nada é extremamente curta e despachada. Depois, o filme ten uma falta de ritmo tremenda. Durante muito tempo não se passa nada, os próprios actores não têm nada para dizer de relevante ou com alguma piada. Dan Fogler (visto recentemente em "Good Luck Chuck") até que não é mau a fazer de imbecil mas chega a aborrecer. Do lado dos maus, Christopher Walken é o todo poderoso e a sua personagem até chega a ser uma das mais divertidas do filme. No que toca às piadas, o filme tem uma grande dificuldade em provocar o riso na audiência. Geralmente não passa de de slapstick básico e sem qualquer ritmo. O filme salva-se na sua última parte com uma piada ou outra e sobretudo graças a um bando de prostitutos um pouco para o muito gay.


Conclusão, "Balls of Fury" não convence nem mesmo com a presença da bela Maggie Q que ainda por cima não está no seu melhor (basta ver M:I 3 ou Die Hard 4 para se aperceber da sua beleza oriental). Se calhar será melhor passar ao lado do filme e, por que não, aproveitar o dinheiro para ver o "Charlie Wilson's war", por exemplo.


Stay Tuned.

Review: Cassandra's Dream 6*/10


Devo de admitir que não sou um fiel seguidor do senhor Woody Allen alias, somente vi 3 ou 4 filmes dele. Dos recentes, somente o "Scoop" e este "Cassandra's Dream" que posso desde já adiantar que é melhor do que o anterior.

Em Londres, Terry (Colin Farrell) e Ian (Ewab Mcgregor) são dois irmãos um pouco losers que tentam criar uma vida só deles. Um dia, compram um barco na esperança que será como que encaminhar as suas vidas para a frente. Infelizmente, Terry tem certos vicios que inicialmente são vantajosos (ganha ao poker, as apostas...) mas que acabam por correr muito mal já que perde uma uma quantidade de dinheiro astronómica. Do seu lado, Ian quer investir em hotéis para finalmente se livrar do restaurante do pai. Um dia, conhece uma bela actriz e sente que a sorte finalmente lhe sorriu. Mas com Terry a arrastá-lo para os seus problemas, tudo começa a correr mal. A única hipótese que lhes resta é pedir dinheiro ao tio Howard (Tom Wilkinson), que vai estar por Londres uns dias. Quando o tio aceita "salvá-los", pede em troca um favor: matar um homem que o pode levar a falência e à prisão perpétua...

Eu que não estou familiarizado com a obra de Woody Allen, fiquei um pouco surpreendido com esta história bastante negra. A quem me diga que no fundo o filme é muito "Woody Allen", e é capaz de ser verdade, porque os diálogos tem um "je ne sais quoi" muito particular. Mas o que importa aqui é a relação entre os dois irmãos e digamos que está tudo muito bom. Colin Farrell e Ewan Mcgregor tem uma excelente química entre eles, mas dos dois destaca-se o Colin que tem uma personagem mais complexa e emocional. Tom Wilkinson, apesar de uma curta aparição, está bem fazendo-me lembrar a sua participação no "Batman Begins" com o seu lado mafioso gentleman. Relativamente a história, tudo está demasiado desequilibrado. Ficamos com a sensação que Woody Allen explorou as secções menos interessantes e que perde tempo com cenas desnecessárias. O final também é despachado o que é uma pena.

Para concluir, "Cassandra's Dream" é sobretudo um filme que vale pela excelente dupla de actores e pelas interpretações em geral. Lamenta-se um argumento demasiado pouco explorardo (ou mal explorardo) e lamenta-se o uso da música de Philip Glass (que não tem relevo neste filme). Um bom filme à primeira visão mas que infelizmente deve perder intensidade com as visões sucessivas.

Stay Tuned.

Review: Charlie Wilson's War 6*/10


Não fazia parte das minhas prioridades ir ver a última obra de Tom Hanks. Não é que não goste do senhor, longe disso, mas o filme parecia-me mais 1h40 de "blá-blá" e pouco "txa!-txa!". Felizmente, o filme é uma agradável surpresa com bons desempenhos do cast e uma mensagem suficientemente embrulhada e discretamente entregue à nós, audiência.

Mas do que trata esse filme? Bem, Tom Hanks é Charles Wilson, congressista Texano que adora mulheres, beber e, porque não, umas linhas de pózinho branco para manter alegrar a festa. Todos o adoram, e quase todos os outros membros politicos lhe devem favores. Um dia, é contactado por Joanne Herring (Julia Roberts), ex-miss Texas com demasiado dinheiro e tempo nas mãos. Ela pretende que Charlie concentre os seus esforços no Afeganistão que está a viver uma guerra intensa contra os comunistas. Como isto se passa nos anos 80, derrotar os comunistas era prioridade para os Estados Unidos e porque não ter outras pessoas a fazê-lo por eles? Charlie lança-se então numa recolha de fundos e, com a ajuda de Gus Avrakotos (Philip Seymour-Hoffman, genial) membro da CIA e um Ser um pouco exêntrico, procura fornecer aos Afegãs armas potentes capazes de derrotar os helicópteros Russos.

Realizado por Mike Nichols (closer), o filme tem diálogos de qualidade, interpretações credíveis e deixa o espectador divertido e consciente da realidade da época e de como isso afectou o futuro dos E.U e do mundo. O filme não é de todo pro-Americano, mas antes uma critica que somente liga os problemas de segurança modernos dos E.U aos Americanos, aos seus ideais politicos e aos seus erros passados. O filme não tem uma realização particularmente brilhante, mas Mike Nichols é um óptimo director de actores e isso vê-se no ecrã. Arrisquem a ida ao cinema e quem sabe se não saem de lá satisfeitos. Ah! o filme tem mulheres bonitas que se farta, sobretudo no gabinete de Charlie...Mas isso é só para quem ainda estava com dúvidas em relação à ida ao cinema ;) .

Stay Tuned.

Inquérito 1: "Batman Returns", Wins


O primeiro inquérito foi um sucesso (lol) das 80 pessoas que passaram pelo blog, 10 votaram... E o vencedor foi: Batman Returns (1992,Tim Burton) que venceu o "Batman Begins" (2005, Christopher Nolan) por 6-4. O resto...Bem, o resto ficou igual já que ninguém votou em mais nenhum.

O meu top Batman:

-Batman Returns
-Batman Begins
-Batman
-Batman Forever (or should i say...For never)
-Batman & Robin (or should i say...Batman does Robin)

Stay Tuned e votem no novo inquérito.

Review+filme mau: Aliens VS Predator 2 2*/10


Ui, que dor de cabeça após este filme desastroso. "Aliens VS Predator 2" concorre desde já para pior filme de 2008. A história? Hum, vejamos...Começa onde termina o 1, ou seja vimos logo um predator a dar nascença a um alien (ou melhor, a um predalien) e de seguida o bicho decide dizimar os "tios" acabando por fazer com que a nave caia no nosso bela planeta. Meanwhile, no planeta do Predators, o chefe fica fulo com o sucedido e decide enbarcar no seu jato espacial intersideral e vir até à Terra aniquilar o bicho que baba e que matou os seus amigos...


Sinceramente, esperava no minimo um filme "entertaining" e digamos que fiquei...desiludido, aborrecido,raivoso...Enfim, já não aguentava aquela tortura. O filme sofre de tantos problemas que é dificil mencioná-los. Primeiro, a fotografia. Aposto que o DF era cego ou sofria de danos mentais que lhe afectavam os olhos. O filme é escuro e geralmente não se vê ponta de rasta do que se está a passar. O que também não ajuda, é uma montagem caotica que faz tudo para não nos deixar ver (será que os efeitos especiais eram assim tão maus? Mas os irmãos realizadores não eram especialistas na matéria?). E depois, a realização abusa dos grandes planos e dos planos mais apertados, acrescentando ainda uma nova camada à confusão.

Falemos agora das personagens... Temos o sherif, o irmão rebelde que regressa para impedir que o seu irmão se torne num rebelde, a mulher tropa que regressou a casa após lutar pela pátria, a loira pum-pum girl que afinal não é assim tão má (mas que no fundo é sempre uma grande "slut" )... Como vêem não é muito elaborado. Mas isso até que não importa realmente, eu fui para lá para ver um filme pipoca, não a última obra de Bergmann. O que irrita é que dessas aí, não haja realmente nenhuma que crie uma relação com a audiência. Queremos é que morram todos e sobretudo depressa.



Como perceberam, não retenho nada do filme. Os Aliens parecem bonecos com dentes de plástico. A história é risivél, os monstros não assustam...Enfim, o caos. Salvam-se duas pequenas sequências de mortes que até nos levam a esboçar um sorriso. Muito pouco para mim...



Stay Tuned.

Review: I am Legend 6*/10


Entrei na sala com alguns receios. Amigos de confiança tinham visto o filme e tinham-me dito muito mal dele, "os monstros são horriveis!", "o Will está muito mal dirigido..."... Resultado, não estou desiludido nem estou entusiasmado...Fiquei com um sentimento misto.

Da história, não há muito para revelar. Robert Neville é o último homem na Terra e vive em Nova-Yorque. Para além disso, é também militar e cientista e passa os seus dias a caçar, ver filmes, procurar sobreviventes e, claro, tentar encontrar uma cura. O seu único amigo é sam, um pastor Alemão que o acompanha ao longo do dia e é o único Ser que ele tem de proteger contra os Noctivagos, espécie de Vampiros alérgicos aos raios UV que outrora eram Humanos como ele mas que foram atacados por um virus suposto curar o cancro.

Vou ser curto e directo: Não gostei dos monstros, pareciam demasiados animados (apesar de ter visto o filme em projecção digital com uma definição abismal que atenuava um pouco o look cartoon). Achei a prestação do Smith mais do que convincente, é sempre complicado carregar o filme sozinho e creio que se safou bem. O aspecto musical é o aspecto mais estranho já que não há música de forma regular, ao longo do filme. O aspecto negativo vai para a realização que geralmente toma más decisões de planificação e aproveita muito pouco a cidade devastada (que está realmente muito bem quando se vê).

Como conclusão, "I am Legend" é uma pequena decepção que poderia ter dado em outra coisa caso tivessem entregue o filme a um realizador mais experiente. Visto assim, não deixa de ser um bom filme de entertenimento mas não passa disso, infelizmente.

Stay Tuned.

Filme Mau: Yakuza (2005,Mink)


Meus amigos, não tenho muito tempo para escrever já que dentro de minutos vou trabalhar, servir uns copinhos à malta e tal...Mas não podia ir sem antes deixar aqui um post acerca de um filme tão mau mas tão mau que até dói... Infelizmente, "Yakuza", com o grande Steven Seagal (já lá vamos...) não é daqueles filmes maus que são pedaços de comédia ambulantes, como as obras do grande Uwe Boll. Não, "Yakuza" é um filme mal embrulhado e sobretudo com péssimas cenas de combate e dialogos risivéis. Por exemplo, Seagal pega numa espada samuraï e diz, em Japonês: "This one is so sharp.....I'll use it tonight......This kills very well". Alucinante, e o homem nem sequer pisca os olhos! Falemos agora da sua técnica de combate muito particular. Eu sei que geralmente é usado para derrubar o adversário fazendo uso da sua própria inércia mas For The Love Of the God, o homem chega, espera pelo inimigo e somente mexe os braços tornando a luta numa espécie de ajuste de contas entre 2 mulheres ou 2 homens muito efeminados...As vezes, existem "inserts" de uns pézinhos a mexerem mas não é nada de muito explicito, parece mais que o homem tropeçou...E sabem quanto custa fazer um filmezinho destes? Sabem? cerca de 15 milhões de Dollars...



Bem, parece que vim para aqui só falar mal mas teve de ser...É que ainda por cima estava a comer quando os meus olhos pousaram na televisão. Aquele Seagal está mesmo muito "out" mas infelizmente ainda não está "out of sight". Para terminar, deixo-vos com uma grande frase aqui do Steven: "I am hoping that I can be known as a great writer and actor some day, rather than a sex symbol". Sex-symbol? Aonde? Em casa dele? Ah, estão a falar da parte do "great actor"...Pois, também não dá...




Stay Tuned.

OST: "The Fountain"& "Requiem For a Dream" by Clint Mansell



Bandas sonoras? Quem não tem por casa uma ou outra? Quem não conhece nomes como Hans Zimmer (Gladiator), James Horner (Titanic), Howard Shore (Lord of the Rings trilogy) ou ainda John Williams e as suas partituras para os filmes de Steven Spielberg ou Georges Lucas? Pessoalmente, acho que estes nomes significam sempre uma banda sonora de qualidade mas raramente de excepção (sejamos honestos, os temas de Williams estão um pouco gastos de tanto ser ouvidos e citados para além de que, o senhor parece repetir-se ao longo dos anos (os temas de Harry Potter soam um pouco à la "Stars wars"). Hoje estou aqui, não para vos falar de Danny Elfman e da sua magnifica colaboração com Tim Burton mas sim, de Clint Mansell e da sua maravilhosa colaboração com Darren Aronofsky. Mansell? Aronofsky? quem são estes, perguntam vocês? É mais do que natural que poucos de vós conheçam estes senhores. Darren Aronofsky é provavelmente o jovem realizador que mais me tem inspirado nos últimos tempos e com somente 3 filmes em seu nome (Pi (1998), Requiem for a Dream (2000), The Fountain (2006) ). Se me permitem, 1 bom filme e 2 obras primas. Mas o que interessa hoje são as bandas sonoras dos 2 últimos. Podem não ter visto os filmes mas de certeza absoluta que já ouviram os temas tocarem ou numa publicidade ou em dezenas de trailers. Sem dúvida que a sua música mais aclamada é a "Summer Overture", usada nomeadamente nos trailers do "Senhor dos Anéis: As duas Torres" (2002, Peter Jackson) ou ainda em "Sunshine" (2007, Danny Boyle).


Comecemos pelo "Requiem For a Dream". Clint Mansell cria uma partitura que mistura clássico e electro que combina a mil maravilhas com a descida aos infernos dos protagonistas do filme. A música é intima, opressiva, schizofrénica e pouco luminosa. Aqui, não há espaço para a esperança, é um verdadeiro "Requiem" em forma de ópera moderno que Clint Mansell compõe e que, com a ajuda do Kronos Quartet, sublinha o desespero que emana do filme. A banda sonora não é um "easy listening", não é daqueles cd's que se põe por casa enquanto se cozinha ou se dá banho ao cão. Aliás, não sei se existe um momento certo para ouvir as faixas que compõe esta banda sonora. Talvez para subliminar a nossa própria solidão ou os nossos momentos mais negros? Hummm poderia ser fatal. Eu, ponho-a enquanto escrevo ou leio. Inspira-me e dá-me uma certa nostalgia dramática.

A sua partitura para "The Fountain" é outra história. Clint Mansell repete a colaboração com o Kronos Quartet e junta-se aos Mogwai para dar vida ao que é definitivamente uma obra maior nas bandas sonoras. De "Requiem..." somente se mantém alguns aspectos mais desesperantes mas, esta banda sonora quer-se romântica, nostalgica e com uma certa dose de esperança. Quem não viu o filme não sabe o que perde, a música torna tudo tão intenso e dramático que se tornam indissociável um do outro. Desta vez a música é mais clássica e orgânica com o piano como instrumento principal. "The Last Man", música de abertura, é triste, bela e profundamente rica em emoções. É dificil falar música à música, a experiência está na escuta do album na íntegra. Destaco somente a magnifica "Death is the road to Awe" e a genialmente triste e bela "Together we will live forever" que encerra o disco. Nunca um piano tinha assombrado os meus pensamentos como este. Não possuir esta OST deveria ser considerado crime contra a Arte. Sem dúvida um album que faz chorar literalmente.

Stay Tuned e oiçam os excertos.










Site: How it should have ended


Pequeno site com animações flash que mostra um final diferente para filmes como o senhor dos aneis (muito bom...lol) ou ainda piratas das caraibas 2 ou Borat... A não perder o trailer de Ocean's 40 na página principal (videos disponiveis na secção "archive")

Stay Tuned.

Children of Men 8*/10


Bem, foi a segunda vez que pus os olhos em cima do filme e tal como o "Batman Begins" gostei ainda mais. Lembro de ter saido do cinema com aquela sensação de ter visto algo de bom, com uma realização de alto nivel e com uma história que, apesar de ser linear e básica, bastante aceitável (nomeadamente graças as personagens).

"Children of Men" conta nos a história da Humanidade em 2027, onde não se assiste a um nascimento há mais de 18 anos. O filme começa em Londres onde a noticia da morte de "baby" Diego, a pessoa mais nova do mundo se espalha.Londres não é propriamente pacifica, está destruida e expulsa todos os emigrantes para um campo de concentração. Theo (Clive Owen), um pseudo-burocrata, vive a sua vida de forma decadente. fuma, não se preocupa com o que o rodeia, é um amante do álcool e não tem ninguém para partilhar a sua vida miserável excepto o casal amigo que costuma visitar (Jesper, a personagens de Michael Cain é uma das mais divertidas e bem conseguidas do filme).
Um dia, é raptado por uma oraganização de terroristas que tem em seu poder a última esperança da raça Humana: uma rapariga refugiada grávida. Theo vai então sem realmente o querer tornar-se responsavel pela rapariga, tentando levá-la até à margem onde um barco de uma organização Humanitária deverá recuperá-la para a proteger a ela e ao bébé.

Sejamos honestos. O filme tem na sua realização o ponto mais positivo. Alfonso Cuarón dirige a sua história de mão de mestre, fazendo uso da steadycam de forma recorrente. Essa utilização do plano sequência dá ao filme um ritmo intenso que o aproxima do documentário de guerra. A fotografia segue o tema do filme, é decadente e pouco colorida. Queria-se algo mais real e menos superficial (todo o design de produção segue isso à risca, desde os carros até aos edificios). O filme tem uma duração de 105min que passam a correr já que não existe realmente uma quebra de ritmo ou cenas desnecessárias. Relativamente ao casting, Clive Owen está em harmonia com a sua personagem assim como Julianne Moore (infelizmente pouco tempo "on screen"). Michael Caine é a personagem cool do filme, especie de intelectual preso aos anos 60-70 e acrescenta o toque de humor necessário. O ponto mais negativo vai para a personagem de Clare-Hope Ashitey (vista préviamente em "Shooting dogs") que tem nos seus dialogos algo de pouco credivel assim como o sotaque que soa demasiado a falso. De resto, estou por aqui a escrever e já não sei o que realmente devo dizer...Ah! A música que é pouquissima ao longo filme e que, infelizmente, não é utilizada nos momentos certos (apesar de interessante) digo isso sobretudo para o plano final (que me tirou do ambiente...)

Enfim, quem não viu o filme que o veja.

Stay Tuned.

Presentes de Natal...

Eu não sou esquesito...Para o Natal, uns dvd's ficam sempre bem debaixo da árvore ;)
Este ano não foi exepção, e recebi uns bem jeitosos.

-Batman Begins (Steelbook): Um excelente Batman, que não via desde a estreia no cinema. Na altura caiu muito bem mas desta vez ainda soube melhor. A édição é de boa qualidade (Packaging magnifico) e os extras estão legendados em Português (oiço Youpies! na audiência?)

-The Simpsons movie: excelente filme de animação que conseguiu evitar ser um mero episódio alargado. As personagens de sempre agora com um fantástico novo amigo: Spider-Pig (ou Harry Popler...). Os extras são fraquinhos e faz falta um making-of.

-Taxi Driver (2dvd): Bom filme de Scorsese que já não vejo há uns largos anos. Relativamente a édição, é de muito boa qualidade e sobretudo ao preço que se arranja agora (cerca de 12€) vale mais do que a pena.

-The Godfather Trilogy: Pois não, ainda não tinha.Qual é o mal? Hum?! Hum?! Bem, agora já tenho e posso rever a saga dos Corleone vezes sem conta.

-Children of Men: Bom filme de antecipação com boas personagens e sobretudo uma realização sem falhas de Cuarón. Bela edição digital...Pena já não haver em digipack ou com gaveta.

-The Pursuit of Happyness: Belo filme com uma grande interpretação por parte de Will Smith. Provavelmente um dos melhores de 2007, para mim.

-The Bourne Identity: Pois...Não arranjava o filme a preço decente, por isso é que demorou a chegar (ainda por cima encontrei a primeira edição que vinha com som DTS, ao contrário da segunda vaga edição que saiu um pouco antes do Supremacia estrear nos cinemas ;) ).


Stay Tuned.

Ano Novo...O mesmo blog mas com novo visual

Pois é, é a terceira vez que lanço o blog...Infelizmente a segunda não correu muito bem devido aos nossos amigos da blogger que decidiram criar um novo código que deu cabo do meu layout e durante muito tempo não pude postar aqui os meus pensamentos. Espero que desta vez corra tudo da melhor forma e a ver vamos se é desta que temos um blog de jeito...
Mesmo assim, é com muito prazer que disponibilizo uns links acima: o do crónicas da perche que já não preciso de apresentar (em 1 ano e 3 meses + de 23'000 pessoas surfaram no site...É muito bom, e tem vindo a crescer cerca de 30% de mês a mês). O ramboia blog é um blog...Engraçado. A vida de um jovem que vive para a comédia e que estuda cinema só podia dar um blog que tem sempre algo de interessante para contar. Finalmente o boião de cultura que é, no minimo,muito pouco convencional mas sempre divertido.


Bom ano a todos e encontramo-nos por aqui.


Stay Tuned.