Review+Recomendado: "Juno" 8*/10


Foi um pouco apressado que combinei a ida ao cinema para ver um dos favoritos dos Óscars deste ano. Como era este ou "Michael Clayton", decidi-me pelo que tinha mais nomeações. Ainda bem que fui para este "Juno" já que sai do cinema como já não saia há muito tempo.

Juno (Ellen Page) é uma jovem adolescente de 16 anos, demasiada "crescida", sarcástica e sempre com uma frase explosiva na ponta da lingua. Um dia, decide iniciar-se aos prazeres carnais com Bleek (Michael Cera) um amigo de longa data adepto da corrida e sobretudo dos tic-tac's laranja. Infelizmente, Juno fica grávida mas isso parece não a afectar muito já que decide doar a criança a uma familia que realmente a deseje. É aí que conhece o casal formado por Mark (Jason Bateman) e Vanessa (Jennifer Garner), uns Yuppies que vivem confortavelmente a sua vida de novos ricos mas sentem falta de uma criança. Ao conhecer Mark, Juno fica imediatamente seduzida pelo seu lado cool. São demasiados parecidos e por isso, decide entregar-lhe a criança quando nascer. Mas tudo não assim tão fácil no mundo dos adultos...

Com 4 nomeações ao Óscar (dos quais melhor filme e melhor actriz principal) "Juno" é um sério candidato a estatueta nessas categorias. O grande trunfo não se encontra propriamente no argumento que, apesar de bem escrito e subtilmente cómico, não teria muito relevo sem a grande personagem interpretada pela excelente Ellen Page. Após a revelação em "Hard Candy" (2005, David Slade) esta jovem foi conquistando o seu lugar em Hollywood tendo nomeadamente participado no último X-Men. A sua Juno é uma rapariga pouco vulgar, adepta da linguagem rítmica e segura da sua pessoa, ela vai pouco a pouco tentar desmistificar o mundo dos adultos e porque não descomplicar o que afinal é realmente complicado. Com carisma para dar e vender, Ellen Page agarra o espectador com a sua naturalidade e o seu"je ne sais quoi" de "girl next door" que a torna adorável e ao mesmo tempo muito próxima do público. O que faz também a força deste filme são as subtilezas das relações e como todas as personagens evoluem naquele mundo que parece, por vezes, um tanto ou quanto irreal. O resto do cast está bem, não há ninguém que mereça um reprimenda. Michael Cera volta novamente a personagens que tem interpretado nos seus trabalhos mais conhecidos (a série "Arrested Development" e mais recentemente "Superbad") e por incrível que pareça não sou capaz de me fartar do miúdo tosco que traz sempre algo de interessante aos filmes em que participa. A realização está muito "Garden State" (alias, foi um dos primeiros filmes que me vieram a cabeça nos primeiros minutos de "Juno"). Não sei se é o uso da música ou se é simplesmente uma atmosfera mas algo me leva sempre a conectar os dois filmes. Não creio que mereça o Óscar para melhor realizador (isto apesar de não ter visto todos os filmes) mas não ficaria nada chateado se entregassem a estatueta à miss Page.

Creio que "Juno" deveria fazer parte dos vossos planos a próxima vez que forem ao cinema. São 95 minutos bem passados e que deixam um sabor agradável nos olhos e na mente (ok, acho que me fiz entender...). Venha o "No Country for Old Men" agora, já que o filme "à la" "Little Miss Sunshine" do ano já foi visionado e aprovado.

Stay Tuned.

Review: "There Will Be Blood" 6*/10


Grande favorito aos Óscars deste ano, o novo filme de P.T Anderson (Magnolia, Punch-Drunk-Love) é sobretudo uma desilusão. A melhor maneira de resumir este filme seria dizer que, uma grande personagem não faz um grande filme...

Em inicio do século 20, Daniel (Daniel Day-Lewis) é um homem que enriqueceu à custa do petróleo mas mesmo assim, procura sempre mais e mais. Um dia, um rapaz chamado Paul (Paul Dano) vai ao seu encontro e, a troca de dinheiro, revela-lhe que a cidade de onde vem está repleta de petróleo que ainda ninguém explorou. Daniel segue então para lá, acompanhado do filho, e convence a familia de Paul a ceder-lhe as terras. O problema vem do irmão gémeo de Paul (ou será outra coisa?) Eli, jovem profeta dono de uma Igreja que procura à todo o custo ser conhecido por todos e recrutar membros para a sua Igreja. A sede de riqueza de Daniel e a sede de poder de Eli vão se confrontar numa terra repleta de ouro negro...

O inicio do filme é um pouco destabilizador. Durante mais de 10 minutos não existe uma linha de diálogo. É o necessário a um set-up que espalha uma atmosfera misteriosa e interessante. Depressa seguimos para um Daniel já estabelecido e dono de um saber valioso acerca do petróleo. Até aqui tudo bem, o filme é lento e dá margem a excelente prestação de Daniel Day-Lewis que parece não falhar uma personagem. Daniel parece à superficie um Ser Humano, tudo o que há de mais respeitável mas, pouco à pouco, vamos descobrindo o que realmente lhe interessa e que fará tudo para chegar aos seus objectivos. A outra personagem que se destaca é sem dúvida o jovem Paul Dano, também visto em Little Miss Sunshine, que consegue equilibrar a sua personagem mantendo-nos sempre na dúvida acerca das suas verdadeiras convicções. Relativamente à realização, não há grande coisa a dizer a não ser que existe um verdadeiro cuidado na estética do filme e que tudo contribui para a obra sem nunca haver efeitos desnecessários. O grande problema do filme é que na sua segunda metade perde intensidade, parecendo que o realizador/argumentista não sabia o que fazer da sua história. Era perfeitamente possivel encurtar o filme de 40 minutos mantendo intacta a estrutura original, mas visto assim, o filme perde-se tornando o final despachado e anti-climático.

O filme continua acima da média mas é óbvio que é salvo pela excelente interpretação de Day-Lewis que é um sério candidato ao Óscar de melhor actor este ano. Agora que este filme está visto, resta-me cruzar os dedos para que No Country For Old Men mantenha todas as suas promessas.

Stay Tuned.

Review + filme mau: "Jumper" 3*/10



Há filmes que não sabem bem quando devem estrear... "Jumper" é um desses. Veio demasiado tarde para as estreais de Natal e demasiado cedo para as estreais de Maio. Ao ver o filme ficamos com a sensação que o filme ficou a meio caminho de tudo... ou a menos...

David (Hayden Christensen) é um jovem como todos os outros. Como muitos, é um pouco maltratado na escola e um dia, quando vai recuperar um objecto que lhe foi retirado das mãos e atirado ao rio congelado, cai na água e por um milagre teletransporta-se para a biblioteca. David descobre que tem esse poder fenomenal, deixa a cidade e, para enriquecer depressa, assalta uns bancos. 8 anos após ter descoberto os seus poderes, David é um jovem rico e continua a viver a vida nos 5 continentes sem dar grande importância a quem o rodeia. Um dia, é atacado em casa por Roland (Samuel L. Jackson), um membro de uma seita que jurou eliminar os "jumpers" da face da Terra. David só pode fazer uma coisa: fugir...

Realizado por Doug Liman (Bourne identity, Mr & Mrs Smith) que tem como únicas curiosidades o facto de ter lançado a saga Bourne e ter dado cabo do casal Pitt-Aniston, este pseudo-blockbuster wannabe é tão emocionante de se ver como um palhaço desmaquilhado e em coma profundo há 10 anos. Não ponta por onde se lhe pegue: o carisma dos actores= 0 (salva-se Jamie Bell numa ou outra sequência), efeitos especiais aceitáveis (são sempre os mesmos, e mesmo assim os melhores são muito mal aproveitados), a história não interessa (é tão bem desenvolvida que ao lado, um episódio dos morangos parece ser mais trabalhado). O resultado é um filme entediante que por vezes parece mais uma carta postal. E não desgosto da ideia original, simplesmente acredito que não foi bem desenvolvida. Bem, eles também dizem que vai haver uma trilogia (isto é, se este fizer dinheiro...) mas se continuarem com este desenvolvimento tão superficial e nada empolgante, não creio que se vá manter por muito tempo.

Conclusão, muito dinheiro gasto em viagens ao Egipto para nada, já que este "Jumper" somente suscita no espectador a enorme vontade de toda aquela equipa técnica ganhar poderes e se teletransportar acima dos 2000 metros e no meio de um volcão, de preferência. Jump out...

Stay Tuned.

inquérito 4: "Lord of the Rings" & "Back to the Future" Win



6 votos...Bem sempre continua na média... Bem esta votação era acerca das melhores trilogias. Sairam vencedores deste inquérito a trilogia do "Senhor dos Anéis" (2001-2003, Peter Jackson) e a trilogia do "Regresso ao futuro" (1985-1990, Robert Zemeckis). Com uma votação ficaram as trilogias "The Matrix" (1999-2003, Washowski Brothers) e "O Padrinho" (1972-1990, F.F Coppola).

Stay Tuned.

Review: "John Rambo" 5*/10


20 anos após a sua última missão, John Rambo regressa aos cinemas para mostrar que o mundo ainda precisa de um bruta montes com o cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete.

John Rambo já era. Desde o seu regresso do Afeganistão, Rambo vive na Tailândia e faz uns biscates como caçar cobras e bater com um martelo num ferro incandescente. Um dia, a sua rotina é alterada quando um bando de missionário desejosos de morrerem na Birmânia lhe pedem boleia até lá. O Rambo, não gosta da ideia mas uma senhora de cabelos loiros consegue convencê-lo. Rambo leva os missionários e regressa à Tailândia. Uns dias após essa viagem, um padre procura a sua ajuda pois sabe que os seus missionários foram raptados pela guerrilha Birmanesa. Rambo parte então para a guerra com um bando de mercenários que pensam que Rambo já é Avó mas que depressa vão ver que estavam bem enganados...

Bem, o que esperar de Stallone com 60 anos? Primeiro, já não tem a frescura de outros tempos depois, tem ainda menos diálogos do que um figurante num filme mudo e para terminar...A história não serve para nada... Mas mesmo assim, quando Stallone pretende mostrar os horrores da guerra na Birmânia (segundo ele, genuinamente reconstituido para cinema), os meios utilizados não são os politicos mas sim os visuais e de forma crua, ora vejamos: pernas, braços cabeças mutilados, crianças baleadas no peito ou atiradas como cocktails molotov para cima das cabanas em chamas, corridas de campónios em campos minados (com direito a apostas e tudo...)... "John Rambo" consegue a proeza de ser mais violento do que um desses pseudo-filmes gore que têm vindo ultimamente para o cinema. E se ainda por cima vos disser que a realização é nervosa, crua e bastante equilibrada e que o filme tem 10 minutos de diálogos dos quais 6 são em birmanês acho que apontei tudo o que o filme pode oferecer.

Conclusão, se quer ver um filme violente sem prepósito algum mas que consegue não aborrecer durante hora e meia, este filme é aconselhado. Talvez não para a São Valentim, mas aconselhado...

Stay Tuned.

Review+Recomendado: "Sweeney Todd" 8*/10


Um musical? Com Johnny Depp? Realizado por Tim Burton? Naaaaaaa... Existe?! Ah! Trata de um barbeiro assassino em Londres no século 19... Pois, agora acredito que seja verdade...

Quando ouvi falar deste projecto há cerca de 2 anos (foi numa entrevista se não me engano) fiquei um pouco surpreendido. Mas as boas noticias eram muitas (nomeadamente outro encontro de Burton e de Depp) mas sobretudo a temática é que me levou a pensar que seria uma boa oportunidade para Burton voltar as origens e quem sabe presentear-nos com um novo Eduardo mãos de tesoura ou ainda um Ed Wood só que mais sádico.

Benjamin Barker (Johnny Depp), um famoso barbeiro, é aprisionado sobe falsas acusações pelo juiz Turpin (Alan Rickman) que ao ver a mulher de Barker, ficou completamente obcecado por ela. 15 anos depois, Barker escapa da prisão e é resgatado por um jovem marinheiro que seguia caminho para Londres. De regresso a sua antiga casa, agora transformada em pastelaria (a pior de Londres), Barker aluga o espaço superior à nova senhoria, Mrs Lovett (Helena Bonham-Carter), que acaba por o reconhecer e lhe conta que a sua mulher enlouqueceu mas que a sua filha continua à guarda de Turpin. Benjamin Barker decide então reabrir o seu salão sob o nome de Sweeney Todd, procurando vingança de todos os que algum dia lhe fizeram mal...

O inicio do filme deixa perplexo, até a interpretação musical de Johnny Depp custa a convencer plenamente. O ponto positivo, é que 2 minutos após isso o sentimento já é outro, Tim Burton está de regresso ao seu estilo mais puro. Adaptado de uma peça de Broadway de sucesso, "Sweeney Todd" não é nenhum conto de fadas. Com uma fotografia magnifica (muito expressionista), Burton vai criando uma atmosfera pesada e sombria apoiado por uma bela dupla de actores: Depp e Bonham-Carter. Ambos os actores estão perfeitamente conscientes das suas personagens. Depp transpira o estilo gótico que Burton adora exibir. É negro, sádico e profundo, tornando a sua personagem bastante aterradora. Relativamente ao canto, todas as dúvidas são dissipadas quando Sweeney Todd reencontra as suas lâminas e lhes canta o tema "my friend". É verdade que a sua voz é mais "Rock" que romântica, mas este exercicio prova que as suas capacidades não se limitam a interpretação (como Ewan McGregor também o demonstrou em "Moulin Rouge"). Helena Bonham-Carter continua à ser uma actriz muito interessante que é dona de um fisico de outros tempos mas que tem um talento inato para representar personagens um pouco à margem e repletos de loucura. Mrs.Lovett é uma das personagens mais engraçada aos olhos do público, já que passa o filme a debitar diálogos irónicos e sobretudo repletos de humor (negro?) e consegue surpreender com a sua voz delicada e justa. A sua personagens tem mais camadas do que Sweeney Todd já que vive para muitas coisas e não somente para vingança. Os secundários estão todos bem, Sasha Baron-Cohen em primeiro, que com a sua personagem de pseudo-barbeiro Italiano consegue um bom distanciamento da sua personagem "Borat".
Relativamente à música e a realização não há grande coisa a dizer: ou se gosta do estilo ou não, mas a música consegue sempre ser interessante e barroca. Desta vez, Danny Elfman não participou ao projecto (o único com "Ed Wood") mas a orquestração é de qualidade e o elenco secundário destaca-se pelo lado profissional das interpretações musicais (a filha de Sweeney e o jovem marinheiro, nomeadamente). Agora, a realização de Burton deve muito ao cinema mudo e de terror dos anos 20-30. A composição dos planos é sempre conseguida, e mesmo assim consegue misturar planos mais ousados (sobretudo planos de grua) conferindo uma boa fluidez ao filme. Depois, as temáticas estão cá e Burton aproveita também para exagerar a vilência gráfica de certas passagens tornando o filme um pouco mais leve. Há muito sangue, mas feito como foi feito, tudo é demasiado explicito, por vezes, o que não deverá chocar os entendidos.

Conclusão, "Sweeney Todd" é um filme muito "Burtoniano" talvez demais, o que vai certamente desconcertar certos espectadores que podem não gostar da suas obras anteriores ao "Planeta dos Macacos". Aqui não há lugar para bons sentimentos, é uma história de vingança sangrenta, cantada e excelentemente interpretada. Se gostam do estilo de Burton e de filmes como "A noiva Cadáver" ou ainda "Sleepy Hollow" ou "Eduardo mãos de Tesoura", de certeza que vão aderir ao filme. Os outros, é muito provável que aproveitem cada fraqueza para resmungar e assassinar o filme mas também é muito provável que sucumbem a atmosfera negra e que se deixem levar por este musical pouco vulgar.

Stay Tuned.

Review: "Astérix & Obélix nos jogos Ólimpicos" 4*/10


A história de Astérix no cinema pode-se resumir da seguinte forma: 2 filmes maus + 1 excelente comédia. O primeiro, é um filme demasiado simples e popular que não arrisca e não ultrapassa o estado de aceitável. O segundo, transforma por completo o primeiro, aproveitando todos os actores cómicos da altura e sobretudo realiza a proeza de rejuvenescer o mito criado pela banda desenhada. Este terceiro, estraga tudo o que o segundo conseguiu de bom, limitando-se a encher o ecrã de actores conhecidos e lendas do desporto. No final, ainda consegue imitar o segundo abusando de referências e fazendo apelo ao carismático Jamel Debbouze para conseguir arrancar um sorriso a audiência. Bem, isto aqui quase que parece a trilogia do padrinho ora vejamos. Padrinho 1= bom, Padrinho 2= melhor, Padrinho 3=Pior. Astérix 1= Mau, Astérix 2= melhor, Astérix 3= Pior (mas não tanto quanto o primeiro). Ok, esqueçam a comparação com o Padrinho, porque a única semelhança é que o 2 é o melhor...

Astérix e Obélix decidem ajudar Apaixonadix a conquistar os jogos Olimpicos de forma a poder casar com a bela (lá isso é verdade...) princesa da Grécia. Infelizmente para eles, Brutus, filho desastrado de Júlio César (Alain Delon) quer também conquistar a mão da princesa. E ele, não terá qualquer escrúpulos para chegar aos seus fins...

Sejamos honestos, este filme é um desperdício de dinheiro... Cerca de 80 milhões de Euros que esta produção de origem francesa custou. 80 milhões!! o que representa mais coisa menos coisa, 3 vezes o orçamento de "Cloverfield", mais 10 que o novo "Hellboy" e o primeiro X-Men, mais 30 do que "Sweeney Todd"... Como é possivel? Fácil, chamem todos os actores conhecidos que conheçam, e construam cenários de tamanho real que não servem para grande coisa... Mete dó saber que um dos filmes Europeus mais caros de sempre fosse este. O filme simplesmente tem um argumento que cabe num guardanapo de cafeteria, é tão espectacular quanto um episódio de "Rex, o cão policia" e consegue transformar actores de renome e com muito talento (o caso de Benoit Poelvoorde no papel de Brutus é triste, muito triste...) em simples marionetas deixadas por conta própria. O filme raramente tem piada (admito que ainda sorri 2 ou 3 vezes, mas isso é porque percebi as referências à cultura francesa) mas percebo perfeitamente porquê que o público internacional não se vá divertir muito. Os realizadores (sim, foram preciso dois para levar este projecto ao fundo do mar) não sabem tirar partido do casting enorme de estrelas, transformando este filme numa vitrine de exibição. Enfim, nem a corrida consegue empolgar apesar de ter a participação do Schumacher e uma ou outra ideia divertida. Alain Delon que regressa ao cinema, limita-se a dizer coisas sem jeito e nota-se perfeitamente que está com o Ego descomunalmente grande (até nos créditos/genérico o seu nome vem escrito, sublinhado e emoldurado).

Conclusão, o filme só vale nos seus últimos 5 minutos (com a presença de Jamel, Zidane, Tony Parker...) e por uma ou outra piada que somente quem fala francês vais entender plenamente. Não é tão aborrecido quanto o primeiro, mas está há anos luz do segundo. Já agora, a frase que um dos realizadores usou para promover o filme foi a seguinte: É o filme francês mais caro de sempre, por isso têm de ir ver. Isto explica o porquê de tamanho fracasso...

Stay Tuned.

Inquérito 3: "The Fountain" & "Amélie" win

Peço desculpa por não postar nada há mais de uma semana, mas digamos que tenho estado ocupado ou fora de casa... Enfim, mais uma vez os votos diminuiram (desta vez foram uns míseros 6 votos...ai,ai...lol) e as bandas sonoras que ganharam por 2 votos foram "The Fountain" (Clint Mansell) e "Le fabuleux destin de Amélie Poulain" (Yann Tiersen). Os outros dois votos foram para "The Hours" (Philip Glass) e "The lord of the Rings: Trilogy" (Howard Shore). Relativamente aos vencedores, todos sabem que sou um enorme fã da partitura de Clint Mansell, que é sem dúvida alguma uma obra prima. O caso Amélie é mais ambiguo, já que gosto mas estou um pouco farto de todo o mediatismo que houve em volta desta banda sonora. As músicas são boas e muito contribuiram para o sucesso do filme, mas acho que Yann Tiersen fez melhor com a banda sonora do filme Alemão "Goodbye Lenine" , que infelizmente não teve tanta publicidade como merecia.

Quanto ao segundo lugar do podium, não sou um adepto de Philip Glass, parece que o senhor faz sempre a mesma coisa (bem, a música também é minimalista) mas neste caso ainda me lembro de certas notas e de como estava muito bem no filme. A trilogia do Senhor dos Anéis também teve direito a uma banda sonora épica e de grande qualidade. Howard Shore soube tirar partido da música folclórica e das origens celtas de certos sons e criou uma das partituras mais célebres dos últimos anos. Infelizmente, a excelentissima banda sonora da obra prima que é "Edward Scissorhands" não teve direito a nenhum voto. Eu sei que o filme já data de 1991 e que na altura não existia um grande consumo de música de filmes, mas Danny Elfman agarra-se ao imaginário de Burton e transforma a música num verdadeiro conto de fadas (mesmo que sombrio) fazendo dela pura magia. Uma belissima obra musical que é imprescendivel tal como a banda sonora de "The Fountain".

Stay Tuned.