Critica: Ed Wood


Ed Wood é um cineasta excêntrico que faz tudo para intergrar o mundo de Hollywood e nunca perde esperança apesar das suas obras mediocres e das criticas incêndiarias. Com um grupo de actores bizarros composto pela rainha dos telefilmes de terror,um lutador colossal Sueco e Bela Lugosi, estrela de filmes de terror que perdeu o brilho há muito tempo, Ed Wood cultiva aarte de fazer maus filmes com paixão. Este Biopic retraça a história do homem que nos deu obras tão estranhas como Plan 9 from outer Spacee que, apesar do pouco talento, sempre fez as coisas com paixão.

Realizado por Tim Burton após "Batman Returns", Ed Wood é provavélmente um dos seus filmes menos conhecidos mas um dos mais pessoais.Ed Wood é considerado por muita gente como sendo o pior realizador que alguma vez meteu os pés num estúdio de cinema em Hollywood, porquêentão fazer um biopic sobre o que, a partida, somente pode ser uma comédia ou um filme paródico? A resposta é muito simples: Paixão...Ed woodtinha uma falta de talento tremenda, mas o que lhe faltava em talento era compensado por uma genuina paixão sobre cinema, e sobre como o fazer. É dessa paixão que o filme retrata sem nunca tentar ridicularizar a pessoa que ele foi. Johnny Depp (uma vez mais sublime) incarna este homem peculiarsem nunca dar um passo em falso. A personagem, apesar de caricata, não era fácil de transpôr sem cair no ridiculo. Ed Wood, para além de ser mau cineasta,adorava vestir roupa de mulher, não porque tinha algum disturbio acerca da sua identidade sexual, mas sim porque amava profundamente as mulheres. O filmeé um verdadeiro hino ao homem que fez tudo para conseguir entrar em Hollywood. Tim Burton nunca escondeu o fascino que tinha por ele, e isso vê-se emcada fotograma filmado num magnifico preto e branco. O elenco que dá vida a esta obra é todo magnifico, desde Sarah Jessica Parker que interpreta a namoradade Wood que é também uma actriz frustrada por não conseguir chegar a fama, até Martin Landau que dá corpo e alma (literalmente) a Bela Lugosi, ex-estrela de terror que agora está preso ao mundo da droga, passando por Bill Murray que faz de braço direito e melhor amigo (assim se pode dizer...) de Ed Wood. Todosestão ao topo, e nota-se que as personagens deram-lhes um certo gozo a interpretar (Martin Landau até levou para casa o Óscar de melhor actor secundário em 1995).O filme está repleto de personagens, décores e histórias bizarras, o que nos leva a pensar que afinal Wood era somente o reflexo do mundo em que vivia. Mas a história não é bem assim, Wood nunca conseguiu entrar para a élite de Hollywood porque sempre foi demasiado sincero e apaixonado e era demasiado fácil para todos passarem-lhe por cima.Sempre viveu à margem da sociedade que o considerava como um "Freak" e não teve outro remedio do que s'aliar a outros "outsiders" para realizar o seu sonho.Com este filme, Tim Burton mostra-nos a face escondida do homem que tem o infeliz titulo de "pior realizador de todos os tempos", mas sempre com carinho e beleza (como todos os freaks da sua filmografia, Edward Scissorhands pode ser considerado o ponto culminante do amor de Burton pelos marginais). Um filme maior na filmografia de Burton.

Conclusão: Uma bela homenagem, cómica e sensivél, sobre um Ser estranho e carismático. Filme que marca a segunda colaboração entre Depp e Burton e também o único filme de Burton que não tem a banda sonora assinada por Danny Elfman (os dois homens chatearam-se por uma coisa menor...Tudo ficou resolvido em Mars Attacks! o projecto seguinte de Burton)tendo esta ficado a cargo (e bem) de Howard Shore (Lord of the rings: trilogy). Um filme que vale a pena descubrir e que conta com um elenco espantoso.





Ed Wood - Trailer


Filme: Ed Wood

Realizador: Tim Burton

Argumento: Scott Alexander, Larry Karaszewski

Cast: Johnny Depp, Martin Landau, Sarah Jessica Parker, Bill Murray

Orçamento: 18 milhões de Dollars

Box-Office: 5,887,457 milhões de Dollars (U.S)

Site: N/A

Nota: 9,5 / 10


DVD
Infelizmente, são raros os paises que tem uma édição deste filme. Até a data, não existe o dvd em Portugal. O que podemos encontrar na minha colecção, é uma édição Belga que é idêntica as outras edições Europeias disponiveis (Alemanha, França, Holanda e Espanha). A imagem é imaculada, o preto e branco é profundo, recortado e não sobre de qualquer ruido. O Som também é muito bom, mas como já se esperava, o surround somente trabalha para a banda sonora ou quase. Sendo uma edição especial, o dvd vem recheado com um comentário audio de Tim Burton, um clip, o trailer e 5 módulos que incluem entrevistas, bastidores e segredos sobre a maquilhagem e a música.

Conclusão: Um dvd de qualidade, em que o consumidor não é enganado e pode usufruir de bónus realmente interessantes. Tecnicamente muito bom, só perde pontos na sérigrafia do dvd que simplesmente muito má (sabem, aquelas sérigráfias tipicas da Warner em que o titulo do filme está escrito no disco em 20 linguas?...)

Edição: Zona 2 (Bélgica)

Audio: DD 5.1 Inglês e Francês

Legendas: Inglês, Francês, Holandês

Caixa: Amaray

Bónus: Comentário audio, clip, trailer, reportagens

Critica (ou quase): Dark city


John Murdoch acorda num quarto de hotel e descobre ao seu lado o corpo de uma mulher. Ele não se lembra, nem da noite que passou com elanem das noites anteriores. Ele perdeu a memória. Perseguido pela policia que julga que ele é um assassino em série e também pelos Estrangeiros, Seres misteriosos com poderes paranormais, ele procura encontrar a sua identidade. O grande problema é que na cidade o real é ilusão e a verdade está para além da imaginação.


Realizado por Alex Proyas (The Crow, I,Robot), "Dark City" faz parte desses filmes desses pequenos filmes independentes (mesmo que intimamente ligados a umgrande estúdio, neste caso Warner Bros) que se tornão filmes de culto quase imediatamente. "Dark city" é um filme de atmosfera, na medida em que muito do seuinteresse provém do ambiente pesado que ao longo de um pouco mais de hora e meia intriga o espectador. Podemos dizer que o filme é uma mistura de cinema fantasticocom cinema policial dos anos 30/40, na medida que o filme é construido como uma investigação policial (o protagonista procura a sua identidade ao mesmo tempo que é perseguido), masé completada por outra intriga com conexões paranormais que podem estar, ou não, relacionadas com a perda de memória do protagonista. Outro ponto forte do filmeestá no seu casting de qualidade onde podemos encontrar Jennifer Connelly no papel do interesse amorosodo protagonista, Rufus Sewell no papel de John Murdoch, Kiefer Sutherland no papel de um médico pouco fiável e por fim William Hurt no papel do inspector. Este cast evolui perfeitamente nesta cidade misteriosa que esconde um segredo, onde ninguém é realmente alguém. Falar do filme é algo de arriscado porque é dificil não revelar elementos importantessem retirar todo o mistério que envolve a história. O que tenho a dizer é que como "Donnie Darko", "Dark City" é um filme estranho, é uma experiência intensa de bom cinema fantastico. Tem uma história envolvente, uns actores de qualidadee uns cenários escuros, misteriosos mas que não deixam de ser fascinantes.

Conclusão: Se gostam de filmes repletos de segredos e twists, "Dark City" merece ser visto nem que seja uma só vez. Com uma história interessante, um cast adaptado e cenários de qualidade, "Dark City" faz parte desses filmes que marcam a retina. E para concluir uma pequena curiosidade: Os sets do filme foram usados pra "The Matrix"sobretudo na cena inicial onde Trinity foge pelo telhado.



Trailer Dark City




Filme: Dark City

Realizador: Alex Proyas

Argumento: Alex Proyas, Lem Dobbs, Alex S.Goyer

Cast: Rufus Sewell, Jennifer Connelly, Kiefer Sutherland, William Hurt

Orçamento: 27 milliões de Dollars

Box-office: 27,200,316 milliões de Dollars (mundial)

Site: Dark City

Nota: 9/10

DVD

Uma vez mais, o dvd que faz parte da minha colecção não é a édição Portuguesa (a cargo da Prisvideo) mas sim a édição Francesa distribuida pela Metropolitan film Export. O dvd é soberbo na sua apresentação, o espectador tem de evoluir na cidade de forma a ter acesso aos vários bónus que inclui o dvd (não se compara em nada com a pobre édição nacional). Dentro do dvd podemos encontrar o comentário audio do realizador acompanhado pelo director de fotografia, artistico e por um outro argumentista. Para além disso, temos entrevistas, trailers, notas de produção, galeria de posters (muito interessantes), filme sobre os bastidores e um documentário acerca das fontes de inspiração do filme (Metropolis de Fritz Lang por exemplo). Ao nivel do audio, o som é claro e muito bem distribuido que seja em VO ou em VF e isto tanto em DD5.1 ou DTS 5.1. Infelizmente, as únicas legendas disponivéis são o Francês.

Conclusão: Um dvd tecnicamente muito bom ao qual somente falta um verdadeiro macking-of.

Edição: Zone 2 (França)

Audio: DD 5.1 Inglês e Francês, DTS 5.1 Inglês e Francês

Legendas: Francês

Caixa: Amaray

Bónus: Comentários, entrevistas, galeria de fotos, videos de bastidores...