Children of Men 8*/10


Bem, foi a segunda vez que pus os olhos em cima do filme e tal como o "Batman Begins" gostei ainda mais. Lembro de ter saido do cinema com aquela sensação de ter visto algo de bom, com uma realização de alto nivel e com uma história que, apesar de ser linear e básica, bastante aceitável (nomeadamente graças as personagens).

"Children of Men" conta nos a história da Humanidade em 2027, onde não se assiste a um nascimento há mais de 18 anos. O filme começa em Londres onde a noticia da morte de "baby" Diego, a pessoa mais nova do mundo se espalha.Londres não é propriamente pacifica, está destruida e expulsa todos os emigrantes para um campo de concentração. Theo (Clive Owen), um pseudo-burocrata, vive a sua vida de forma decadente. fuma, não se preocupa com o que o rodeia, é um amante do álcool e não tem ninguém para partilhar a sua vida miserável excepto o casal amigo que costuma visitar (Jesper, a personagens de Michael Cain é uma das mais divertidas e bem conseguidas do filme).
Um dia, é raptado por uma oraganização de terroristas que tem em seu poder a última esperança da raça Humana: uma rapariga refugiada grávida. Theo vai então sem realmente o querer tornar-se responsavel pela rapariga, tentando levá-la até à margem onde um barco de uma organização Humanitária deverá recuperá-la para a proteger a ela e ao bébé.

Sejamos honestos. O filme tem na sua realização o ponto mais positivo. Alfonso Cuarón dirige a sua história de mão de mestre, fazendo uso da steadycam de forma recorrente. Essa utilização do plano sequência dá ao filme um ritmo intenso que o aproxima do documentário de guerra. A fotografia segue o tema do filme, é decadente e pouco colorida. Queria-se algo mais real e menos superficial (todo o design de produção segue isso à risca, desde os carros até aos edificios). O filme tem uma duração de 105min que passam a correr já que não existe realmente uma quebra de ritmo ou cenas desnecessárias. Relativamente ao casting, Clive Owen está em harmonia com a sua personagem assim como Julianne Moore (infelizmente pouco tempo "on screen"). Michael Caine é a personagem cool do filme, especie de intelectual preso aos anos 60-70 e acrescenta o toque de humor necessário. O ponto mais negativo vai para a personagem de Clare-Hope Ashitey (vista préviamente em "Shooting dogs") que tem nos seus dialogos algo de pouco credivel assim como o sotaque que soa demasiado a falso. De resto, estou por aqui a escrever e já não sei o que realmente devo dizer...Ah! A música que é pouquissima ao longo filme e que, infelizmente, não é utilizada nos momentos certos (apesar de interessante) digo isso sobretudo para o plano final (que me tirou do ambiente...)

Enfim, quem não viu o filme que o veja.

Stay Tuned.

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